Acredito no estado eterno de mudanças.

Gosto de ver as mudanças da vida. Ontem criança, hoje adulto, amanhã idoso. Este espaço é para provocar diálogos que possam ajudar a mudar o meu jeito de olhar. E quem sabe você também entra nessa? Seja bem vindo, comente, critique, o anonimato aqui é bem vindo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


As mentiras e as pernas curtas do PulsarBH.

Outro dia me deparei com um site contratado para fazer campanha para o Senhor Marcio Lacerda, o Pulsar BH! A sessão Lendas Urbanas, onde dizem desmentir as mentiras que os “loucos da internet” propagam sobre Marcio, me chamou atenção.

Fiquei perplexo! Que o Marcio mente, já sabia, agora que paga para mentir é novidade. Escolhi três matérias para mostrar as pernas curtas e coloco sites para a confirmação de veracidade. E o mais louco de tudo isso é que qualquer um que acompanhe o mínimo da cidade percebe as mentiras, ou seja, a página é produzida para pegar jovens alienados e despreparados politicamente. Uma estratégia maquiavélica sórdida e mau caráter.

Aproveito para convidar a Babi Profeta, o Evandro Emeci, o Jef Cesar Campos Baetens e a Stella Swerts para debatermos o assunto!

Acho importante vocês conhecerem melhor o que dizem. As eleições vão passar, continuaremos na mesma cidade e ficar com fama de mentiroso ou vendido não é legal.


A mentira:

A perna curta:

Um hotel com 45 metros de altura interfere na imagem de todo o complexo arquitetônico, ao contrário do que afirma o vídeo. No vídeo há inclusive a fala do Senhor Marcelo Faulhaber, carioca do PSB, que veio ser Secretário de desenvolvimento de BH e presidente do COMPUR, órgão responsável por ignorar as recomendações do IGAM e IEPHA sobre os impactos da construção.
Relatório do IGAM revela que o lençol freático fica há 7 metros e o hotel tem 3 andares subterrâneos, 9 metros, pra baixo da terra. E também não contam que o projeto o hotel já prevê a sua transformação em residencial depois de 10 anos. E para completar, o plano de limpeza da pampulha é o mesmo de 2008 e não é eficiente porque não prevê a coleta do esgoto jogado diretamente na lagoa.
Água do lençol freático sendo bombeada no lote do hotel: http://www.youtube.com/watch?v=3JQECqZhj4g
Provas da fraude para a liberação da obra: http://fora_wp.falasocial.com/?p=6188


A mentira:

A perna curta:

O que eles não dizem é que os 75 mil apartamentos construídos serão para a especulação imobiliária e que apenas 12% será para moradias populares, com previsão para a construção em 20 anos. E mais, com tantos equipamentos públicos não tem espaço para a construção sem a derrubada da mata e entupimento das nascentes. E que o Quilombo Mangueiras que lá resiste será impactado e sitiado, sendo reduzido a uma pequena área. E também não falam da previsão de obras para o trânsito, coleta de esgoto e outros serviços.




A perna curta:

A pesquisa que a matéria fez não tem a menor precisão de dados. Primeiro, a praça foi reformada em 2007 e não 2008. O Decreto proibitivo é de 29 de dezembro de 2009, ou seja, dois anos após a reforma. Este decreto proibia “eventos de qualquer natureza” na praça. Foi uma exigência da Senhora Ângela Gutierrez porque as atividades religiosas realizadas na praça atrapalhavam o funcionamento do museu, segundo ela.
Assim surgiu a Praia da Estação, movimento que contestava o decreto arbitrário. Foram dias de sol e muita luta, com PM, Guarda Municipal e até o Choque. Temos imagens, vídeos e documentos que comprovam e podem ser consultados aqui:
Durante o ano de 2010, este foi o principal movimento de enfrentamento a Lacerda, segundo pesquisa contratada pela própria PBH.
Ainda em 2010, o decreto foi mudado, não baseado no estudo da tal comissão, estudo este nunca realizado, mas na ideia do prefeito de cobrar pelo uso.
Ah e o estudo não foi realizado porque a PM, os Bombeiros, a BHTrans e outros órgãos oficiais já haviam feito o mesmo estudo em 2006, antes da reforma da praça, quando identificaram ali o lugar ideal para receber grandes eventos no centro com menor impacto na mobilidade urbana.
Com o novo decreto a praça precisa ser cercada e alugada para a realização de eventos, atitudes que impedem ou dificultam o trabalho de pequenas produtoras e artistas iniciantes.
Aqui tem todo o histórico do movimento e na coluna da direita os decretos de utilização da praça: http://pracalivrebh.wordpress.com/

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